Os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) no último dia 14 de fevereiro, presos na tarde desta quinta-feira, em Marabá (PA), estão voltando ao presídio de segurança máxima no Rio Grande do Norte. Eles deixaram Marabá e embarcaram em um avião da Polícia Federal nesta noite para a transferência.
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento foram detidos em ação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, 50 dias após a fuga. Inicialmente, os dois foram levados à sede da PF no município paraense, que fica a cerca de 1.600 quilômetros de Mossoró.
“Os dois fugitivos voltarão para o local de onde saíram, para a Penitenciária de Mossoró, totalmente reformulada no que diz respeito aos equipamentos de segurança”, afirmou nesta tarde em coletiva de imprensa o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, lembrando que a direção do presídio de segurança máxima foi trocada e os protocolos foram aperfeiçoados.
Segundo o ministro, Rogério e Deibson ficarão separados dentro da unidade e haverá vistorias diárias. “E de lá certamente não se evadirão”, comentou.
“Modernização”
Questionado sobre as melhorias feitas no presídio no Rio Grande do Norte, Lewandowski disse que pode assegurar que a modernização “está sendo aperfeiçoada” e chamou o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, para dar mais detalhes.
“O que eu posso afirmar é que o Sistema Penitenciário Federal não é mais o mesmo desde a data do evento que ocorreu lá em Mossoró. Nós tivemos uma série de providências e revistas, vistorias que foram feitas em todas as cinco unidades que compõem o sistema. De lá para cá, trocamos a iluminação, os problemas de iluminação, as câmeras foram adquiridas, estão sendo instaladas à medida que chegam dos fornecedores”, relatou Garcia.
O secretário informou que 10 mil câmeras foram compradas recentemente e que parte dos equipamentos vai reforçar todo o parte de monitoramento das unidades do sistema penitenciário federal.
“Procedimentos foram reforçados, as revistas são diárias em todas as unidades. Os problemas estruturais que foram apontados foram corrigidos, e estamos determinados, como disse desde o dia do evento, que esse fato seja um fato irrepetível, que não vai acontecer mais no Sistema Penitenciário Federal”, concluiu.