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Executivos discutem alternativas para grandes festivais depois da pandemia

Representantes de marcas como Heineken, Diageo, Coca-Coca, Sympla e T4F debatem futuro do entretenimento após a crise do coronavírus

Por Manoel Schlindwein Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 Maio 2020, 08h43 - Publicado em 14 Maio 2020, 08h30
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  • Em meio à quarentena, o entretenimento físico deu lugar ao digital rapidamente. Lives de artistas passaram a reunir número recorde de fãs, assim como a popularização dos jogos virtuais cresceu e os serviços de streaming aumentaram sua base de assinantes.

    Para entender como as pessoas passaram a se divertir – e como as marcas devem se posicionar neste novo momento – os consultores do ØCLB resolveram reunir executivos de diversas empresas envolvidas com o setor para uma série de encontros online no projeto “ØCLB de Pijamas”.

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    “O show do rapper Travis Scott no jogo Fortnite reuniu mais de 12 milhões de pessoas, em um formato que mostra que o futuro do entretenimento já chegou, só não está uniformemente distribuído”, explica o publicitário Franklin Costa. Acompanhado de sua sócia e esposa, a antropóloga Carol Soares, ele rodou diversos países atrás das novidades do entretenimento em grandes festivais, como SXSW, nos EUA, Wonderfruit, na Tailândia, e Tomorrowland, na Bélgica.

    “O que é entretenimento para as Geração Z?” questiona, fazendo referência aos nascidos entre 1990 e 2010. “Suas redes sociais são jogos em rede, eles já vivem a maior parte do dia conectados, e agora se veem obrigados a permanecer em casa. Será que eles sentem a mesma falta que seus pais de grandes eventos ao vivo?”

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    É por isso que grandes festivais, como o Rock in Rio e o Lollapalooza, devem passar por transformações profundas, aposta o casal do ØCLB. Ao tomar como referência eventos como o “One World: Together at Home”, com Lady Gaga e Paul McCartney, ou o “Music for Hope”, com Andrea Bocelli na Catedral de Milão, é esperado que os próximos anos tragam muitas inovações no formato de streaming, com eventos cada vez mais híbridos.

    Na prática, segundo os consultores, as experiências offline serão mais VIPs, “boutique”, ao passo que o entretenimento online deve ganhar espaço mais rapidamente. “O próprio Fortnite já lançou um modo de jogo ‘sem violência’, voltado exclusivamente para festas dentro da plataforma, com a presença dos DJs Deadmou5, Steve Aoki e Dillon Francis no último final de semana”, lembra Frank Costa.

    Outra alternativa é a cobrança pela transmissão dos espetáculos, no sistema de pay-per-view. Eles citam como exemplo as mais de 400 mil pessoas que pagaram entre 20 e 100 dólares para acompanhar as performances da banda Grateful Dead em um longínquo 2015 – o que prova que a tendência vem se consolidando ao longo do tempo.

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    A cantora e compositora Erykah Badu, que lançou recentemente um serviço de streaming para seus próprios shows, vêm sendo citada como exemplo de artista que conseguiu se reinventar em tempos de pandemia com a série de shows Quarentine Series.

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