Em aceno a Lula (PT), a ex-ministra Marina Silva (Rede) declarou nesta terça estar aberta ao diálogo com o ex-presidente — e defendeu que, para além de apoiar um ou outro candidato, sua preocupação está em defender um programa de governo que seja capaz de recuperar o país da gestão de terra arrasada deixada por Jair Bolsonaro (PL).
Encampado por Fernando Haddad (PT), um movimento dentro do partido tenta reaproximar Lula e Marina — e o primeiro passo seria um encontro de ex-ministros do Meio Ambiente já neste domingo, em um evento com a presença do petista em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
“Estou organizando meus compromissos, é uma questão de avaliar. Não tenho conhecimento da agenda e nem do que está sendo organizado, especificamente. Ninguém ainda conversou comigo a respeito, mas estou aberta, tem que conversar”, disse a ex-ministra ao Radar.
Questionada sobre a definição de seu eventual apoio ao presidenciável, Marina desconversa e diz que, na política, não se pode fazer “afirmações definitivas”. No entanto, reconhece que está “cada vez mais difícil” uma alternância de poder que não seja entre Lula ou Bolsonaro.
A prioridade do candidato que há de vencer as eleições neste ano, diz a ex-ministra, deve passar por duas formas de mudança — a primeira, um movimento para mudar de governo e, em seguida, um grande movimento para que o governo mude a realidade, inclusive realidades “negativas” que foram criadas pelo próprio campo democrático, como a possibilidade de reeleição.