A entidade apontada pela Polícia Civil como atuante no suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo Márcio França (PSB) diz que nunca teve vínculos com o irmão do ex-governador de São Paulo, Cláudio França — também alvo de operação deflagrada na última quarta-feira.
O Instituto Sócrates Guanaes, na qualidade de OSS — organização social na área da saúde — afirma que “não é e nunca foi vinculado” a Cláudio, “profissional que atuou por curto período na unidade de Itanhaém [litoral sul de São Paulo]”, antes da gestão de Márcio França.
Segundo as investigações, Cláudio teria sido “ponte” entre o estado e as OSs no suposto esquema para desviar recursos por meio de contratos superfaturados para gestão de unidades públicas de saúde.
Entre 2017 e 2018, período que França foi vice-governador e brevemente governador de São Paulo, o ISG foi contratado para administrar hospitais regionais tanto de Itanhaém quanto de Registro, no Vale do Ribeira.
Sobre os convênios, o Instituto diz que atendeu a todos os requisitos dos chamamentos públicos feitos pela Secretaria de Estado da Saúde para operacionalizar os serviços do Hospital Regional Jorge Rossmann, em Itanhaém, e o Hospital Regional de Registro.
“A seleção da OSS é realizada a partir de processo seletivo devidamente motivado e transparente. Nos casos em referência, diversas entidades tiveram a oportunidade de atender a convocação pública, mas apenas o ISG apresentou a proposta mais vantajosa à administração pública, justificando com isso a sua seleção, já submetida e aprovada pelo órgão de controle”, diz o Instituto Sócrates Guanaes.