Enquanto os funcionários da Casa da Moeda acertam os últimos detalhes para desligamento via Plano de Demissão Voluntária, o presidente da estatal, Eduardo Zimmer, vive outra realidade. É que além do salário de 42,7 mil reais, o executivo recebeu uma ajuda de custo no valor de 85 mil para assumir a empresa. O próprio Zimmer comunicou aos funcionários de que a Casa da Moeda vive uma situação financeira difícil, com necessidade de ajuste nos quadros funcionais, contenção de despesas e redução de custos.
A Casa da Moeda se defende:
“Em relação a ajuda de custo mencionada pela revista Veja, informamos que ela faz parte do pacote de serviços da empresa – remuneração, ajuda de custo e auxílio moradia – e está prevista em norma interna, aprovada pelo Conselho de Administração e pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), do Ministério da Economia.
Ao assumir suas funções, os membros da Diretoria determinaram que fosse feita uma pesquisa junto à SEST sobre os benefícios concedidos pelas outras empresas estatais e constatou que as práticas internas estavam alinhadas com as existentes em outras empresas estatais e no Governo Federal. Mesmo assim, em reunião de Diretoria, já foi aprovada a alteração dessa norma.
No entanto, conscientes do grave momento pelo qual passa a Casa da Moeda do Brasil, os dirigentes, que já abriram mão dos benefícios de transporte e mudança, agora estão também abrindo mão da parcela da ajuda de custo, restituindo à Casa da Moeda do Brasil esta parcela de valor, mostrando seu compromisso com as medidas necessárias à recuperação da empresa.
A aprovação da alteração de norma será formalizada após aprovação na reunião de Conselho de Administração a ser realizada, agora, no mês de setembro. A partir da oficialização do novo procedimento, o benefício será reduzido em 2/3 do benefício atual”.