Depois que aliados de Antonio Denarium (PP) conseguiram eleger-se prefeitos em 13 dos 15 municípios de Roraima, os movimentos do governador durante o período eleitoral entraram na mira da oposição, que diz esperar ver as “evidências de reincidência” de abuso de poder chegarem à análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Denarium enfrenta três processos na instância máxima da Justiça Eleitoral por acusações de abuso de poder político e econômico em sua campanha à reeleição, em 2022, que podem levar a sua cassação.
Menos de três semanas antes do primeiro turno das eleições municipais este ano, o Ministério Público de Roraima publicou uma recomendação oficial para Denarium, seu vice Edilson Damião e os secretários estaduais se absterem de usar programas sociais para promover candidaturas aliadas em Pacaraima, Amajari e Uiramutã.
Ao fazer a recomendação, o promotor eleitoral Felipe Hellu Macedo apontou que o governador havia anunciado a entrega de kits escolares para as escolas estaduais indígenas no mesmo dia da convenção partidária de candidatos de seu grupo político, o que poderia “caracterizar abuso de poder político e, consequentemente, resultar na propositura de ação de investigação judicial eleitoral”.