Dez vezes mais caro
Não são só, como todo brasileiro sabe, as obras da Copa que ficam prontas fora do prazo. Eis outro exemplo de lerdeza e incompetência que resultam em mais gastos dos cofres públicos: trata-se da linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus. Conhecida no setor como “linhão de Tucuruí”, liga a usina hidrelétrica Tucuruí a Manaus e Macapá. Foi […]
Não são só, como todo brasileiro sabe, as obras da Copa que ficam prontas fora do prazo. Eis outro exemplo de lerdeza e incompetência que resultam em mais gastos dos cofres públicos: trata-se da linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus.
Conhecida no setor como “linhão de Tucuruí”, liga a usina hidrelétrica Tucuruí a Manaus e Macapá. Foi concluído em janeiro, com 1 798 km de extensão e com as duas das maiores torres de alta tensão do mundo com 305 metros de altura.
Com a conexão funcionando, as duas capitais finalmente estariam conectadas ao Sistema Integrado Nacional (SIN). E, assim, todas as caras termelétricas poderiam ser finalmente desligadas em Manaus e Macapá.
Isso no papel. Na realidade, a história é outra.
Por falta de obras de infraestrutura, que deveriam ser feitas por estatais ligadas ao sistema Eletrobras, a previsão é que tudo esteja conectado em 2015, com mais de um ano de atraso. Isso se nenhum imprevisto acontecer até lá.
Para que o leitor entenda o tamanho da encrenca: o custo para gerar energia com estas termelétricas é dez vezes maior do que o custo médio de megawatts/hora médio das hidrelétricas.