Com os casos de dengue em alta, um levantamento da Mob2Con constatou que a falta de repelentes e inseticidas nas prateleiras de supermercados se agravou na passagem de fevereiro para março.
A pesquisa da plataforma de inteligência de dados para a eficiência operacional do varejo revela um aumento de 11 pontos percentuais na ruptura operacional desses produtos nos supermercados do país na comparação entre um mês e outro.
O fenômeno acontece quando um produto está presente no estoque da loja, mas não está disponível para o consumidor na gôndola. O levantamento da Mob2Con analisou 244 unidades de 11 redes supermercadistas, localizadas em 11 estados brasileiros.
A plataforma também constatou que o preço médio dos repelentes aumentou 2,4%. O preço médio dos inseticidas, por sua vez, caiu 5% no intervalo analisado.
O nível de ruptura operacional na venda de repelentes e inseticidas nas lojas estudadas aumentou de 36% em fevereiro para 47% em março.
Na prática, isso significa que, no mês passado, esses supermercados deixaram de vender 47% do que poderiam só porque os produtos estocados não foram disponibilizados nas prateleiras.
Para o CEO da Mob2Con, Carlos Wayand, o aumento da ruptura operacional dos itens nos supermercados se explica pela maior procura dos consumidores, uma vez que o país registrou recentemente a marca de 2 milhões de casos de dengue, segundo dados do Ministério da Saúde.
“Com a demanda em alta, é natural que os consumidores aumentem a busca por repelentes e inseticidas. Por isso, neste momento, é importante que os supermercadistas abasteçam as gôndolas e realizem a compra dos produtos junto à indústria com maior celeridade”, afirmou o executivo.