Depois de ser informada presidente Lula na tarde desta quarta sobre o que chamou de “decisão do governo” de trocá-la pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA), a ministra Ana Moser divulgou uma nota afirmando que, durante a conversa com o presidente, no Palácio da Alvorada, “lamentou que as promessas de campanha, de um esporte para toda a nação, tenham tido tão pouco tempo para que se desenvolvessem na retomada da gestão do Ministério do Esporte voltada para a implementação de uma política que efetivasse o direito social à prática esportiva”. A ex-jogadora de vôlei prometeu, no entanto, continuar trabalhando pelo setor.
“Esta gestão vê com tristeza e consternação a interrupção temporária de uma política pública de esporte inclusiva, democrática e igualitária no governo federal, mas entende que este caminho apenas começou a ser trilhado. A ministra e a equipe do Ministério do Esporte vão continuar trabalhando e contribuindo para a política pública de esporte no Brasil, mantendo o sonho de todos que acreditaram no trabalho deste grupo”, diz o comunicado.
O comunicado informou ainda que a ministra apresentou a Lula as ações já implementadas e as entregas previstas.
“Recebi a decisão do presidente Lula, a quem agradeço pela confiança, de que deixarei a direção do Ministério do Esporte. Tivemos pouco tempo para mudar a realidade do Esporte no Brasil, mas sei que entregamos muito, construímos muito e levamos a política do presidente Lula aos que tivemos contato de norte a sul deste país. Continuarei lutando e contribuindo para uma política pública de esporte que seja para todas, todos e todes. Agradeço aos que tiveram comigo percorrendo este caminho curto e árduo”, declarou Ana Moser, na despedida.
O texto não cita o seu iminente substituto, que deverá ser nomeado na semana que vem. Fufuca é do partido do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP e ex-ministro da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro. A posse dele e do também deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), para assumir o Ministério de Portos e Aeroportos, marca a adesão parcial do Centrão ao governo Lula.