Após 50 dias de espera desde que Rodrigo Pacheco leu no plenário do Senado o requerimento para sua criação, a CPI da Braskem deverá ser finalmente instalada na manhã desta quarta-feira, a partir das 9h. A investigação foi proposta por Renan Calheiros (MDB-AL), um dos 11 titulares do comissão, que é cotado para ser o relator dos trabalhos, segundo senadores ouvidos pelo Radar.
A primeira reunião foi convocada com a finalidade de eleger o presidente e vice-presidente do colegiado. Omar Aziz (PSD-AM) é o favorito para presidir a comissão a e reeditar a dupla com Calheiros dos tempos da CPI da Pandemia da Covid-19, em 2021. No início da noite desta terça, ele teve uma audiência no Palácio do Planalto com o presidente Lula, cujo governo trabalhou contra responsabilizações pelo desastre em Maceió.
Além dos dois, os outros nove titulares são Efraim Filho (União Brasil-PB), Rodrigo Cunha (Podemos-AL), Cid Gomes (PDT-CE), Jorge Kajuru (PSB-GO), Otto Alencar (PSB-BA), Rogério Carvalho (PT-SE), Wellington Fagundes (PL-MT), Eduardo Gomes (PL-TO) e Dr. Hiran (PP-RR).
Os sete suplentes são Fernando Farias (MDB-AL), Jayme Campos (União Brasil-MT), Soraya Thronicke (Podemos-MS), Angelo Coronel (PSD-BA), Fabiano Contarato (PT-ES), Magno Malta (PL-ES) e Cleitinho (Republicanos-MG).
O objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito é investigar a responsabilidade jurídica e socioambiental da Braskem em decorrência “do maior acidente ambiental urbano já constatado no país”, em 2018. Por causa da exploração do sal-gema pela mineradora, cinco bairros de Maceió sofreram afundamento de solo, o que prejudicou mais de 200.000 pessoas.