Joaquim Barbosa andava sumido das redes sociais, mas resolveu se manifestar nesta segunda-feira para comentar um artigo da bióloga Natalia Pasternak no jornal O Globo, que questionou se o Conselho Federal de Medicina é hoje o “Talibã do Brasil”, por atuar para limitar a autonomia reprodutiva feminina.
“Anotem aí: Médicos, Advogados, Engenheiros. São castas historicamente privilegiadas que se acham donas do país. Não se limitam a cumprir o papel e a ocupar o espaço que lhes é reservado na sociedade, gostam de ditar normas ao país, com % de legitimidade”, escreveu o ex-presidente do STF.
Na sequência, ele não poupou críticas para o Congresso, que classificou como “omisso, retrógrado, um horror!” e até para o presidente Lula, para quem ele declarou voto nas eleições de 2022 contra Jair Bolsonaro. O ex-ministro disse que o petista também é omisso em muitas questões, conservador “à la carte” e “incapaz de liderar o país em várias áreas”.
“Infelizmente, em inúmeras ‘questões de sociedade’, o país é acéfalo. O Congresso, omisso, retrógrado, um horror! O Presidente da República, também omisso em muitas questões, em cima do muro em outras, conservador ‘à la carte’, é incapaz de liderar o país em várias áreas em que poderíamos avançar significativamente se o natural poder de liderança e persuasão conferido ao ocupante da cadeira presidencial fosse inteligentemente usado para fazer avançar certas pautas que nos colocam na ‘vanguarda do obscurantismo'”, escreveu Barbosa, no X (antigo Twitter).