Processado por Carlos Bolsonaro por chamá-lo de “sociopata capaz de matar o pai, matar a mãe”, o ex-deputado federal Julian Lemos afirmou em suas alegações finais que suas declarações ao canal de YouTube Cast Arretado causaram “mero aborrecimento ou mero dissabor” ao filho de Jair Bolsonaro.
“O autor é agente público – vereador na cidade do Rio de Janeiro – e, como agente público, está suscetível a críticas por populares ou opositores”, escreve a defesa de Lemos ao argumentar a improcedência do pedido de indenização de 40 salários-mínimos por danos morais.
O paraibano se elegeu à Câmara na onda bolsonarista em 2018. No início de 2019, rompeu com o governo da época ao tomar as dores de Gustavo Bebianno, que deixou a Secretaria-Geral da Presidência alegando desavenças com Carlos Bolsonaro.
Já o advogado do vereador defende a condenação de Lemos afirmando que as “ofensas proferidas (não) têm qualquer tipo de crítica com relação à sua atuação como parlamentar e, além de serem falsas as informações, extrapolam o exercício do direito de liberdade de expressão, atacam a honra e a imagem do autor”.
“A bem da verdade, a fragilidade da defesa apenas confirma o ressentimento do réu por não contar com o apoio político do autor e, consequentemente, o pífio desempenho nas urnas no último período eleitoral e que, por vingança, promove ataques contra o autor”, diz a defesa de Carlos Bolsonaro.