Com uma saraivada de críticas à gestão Pedrinho, a quem acusa de “amadorismo”, a 777 apresentou nesta terça-feira um recurso à Justiça do Rio pedindo a suspensão da decisão que retirou o controle da SAF do Vasco da Gama da gestora de investimentos norte-americana.
Na petição assinada pelos escritórios Campos Mello e Sergio Bermudes, a 777 afirma que “está em dia com as suas obrigações, já tendo aportado mais de R$ 310 MILHÕES (em valores históricos) na SAF, exatamente como se comprometeu a fazer”.
“(A 777) já reafirmou ao VASCO, em mais de uma oportunidade, que efetuará os futuros aportes tempestivamente, não havendo qualquer risco de descumprimento”, diz a gestora, contestando a alegação do clube associativo de que haveria risco de não fazer um aporte contratual de 270 milhões de reais em setembro deste ano.
Além de argumentar que está em dia com as injeções contratuais de dinheiro no futebol do Vasco, a 777 desfia uma série de interrogações sobre os “interesses” de Pedrinho. Ex-jogador e ídolo do clube, ele foi eleito em novembro de 2023 presidente do clube associativo, que detém 30% das ações da SAF.
A 777 questiona a tempestividade da ação para tirá-la do comando do futebol cruzmaltino, lembrando que, dias antes de a gestão Pedrinho iniciar o processo judicial, o Vasco SAF havia anunciado o patrocínio da Betfair no valor de 115 milhões de reais até o fim de 2025, “disparado o maior da história do Vasco”.
“É muito difícil compreender, salvo pela existência de interesses obscuros, não revelados pelo Sr. Pedrinho, o motivo por detrás da medida judicial”, diz a gestora.
“Mudam os gestores, mudam os interesses. A petição inicial e os seus pedidos não estão preocupados com o VASCO, mas sim em atender os interesses pessoais do seu novo Presidente, que parece querer forçar a saída da 777 CARIOCA da SAF do VASCO, em benefício de uma venda a algum outro investidor, certamente mais alinhado com os seus objetivos ocultos. Trazendo seriedade à gestão da SAF, a 777 CARIOCA nunca permitiu a perpetuação da cultura de benefícios escusos e privilégios a castas dentro do clube, o que parece não agradar à nova Presidência”, afirma.