O Ministério Público Federal apresentou nesta quarta (8) mais uma série de denúncias contra Sérgio Cabral. O documento enviado para o juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, soma mais 25 crimes de evasão de divisas, 30 crimes de lavagem de dinheiro e 9 crimes de corrupção passiva.
Ela é resultado da Operação Eficiência e Hic et Ubique, desdobramentos da Lava-Jato. O ex-governador já acumula na Justiça 214 crimes de lavagem de dinheiro.
Cabral já é réu em três processos da Lava-Jato e está preso, desde novembro, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.
Segundo o MPF, os acordos de colaboração premiada revelaram que Cabral e sua organização criminosa ocultaram ao menos 318 milhões de reais no exterior. O MPF aponta, no entanto, que isto é apenas parte do montante desviado.
O MPF diz ainda que Cabral, Wilson Carlos, Carlos Miranda e os colaboradores promoveram a lavagem de ativos de quatro formas distintas: com a manutenção de depósitos em nome de terceiros, pagamento de joias, com a compra de ouro e diamantes e transferência bancária para parentes de Carlos Miranda.
Para enviar os recursos, contaram com o auxílio direto do doleiro Vinícius Claret, o Juca Bala, e Claudio Souza, chamado de Tony ou Peter. Os dois doleiros atuariam como peça-chave para movimentar o dinheiro desviado por Cabral.
O órgão já conseguiu repatriar cerca de 270 milhões de reais, provenientes de 10 empresas localizadas em paraísos fiscais no exterior. Os recursos foram depositados em conta judicial na Caixa Econômica.