O governo brasileiro ofereceu um horário na tarde da próxima quarta-feira para uma reunião bilateral entre Lula e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Nova York, em meio à Assembleia Geral da ONU. Até o momento, ainda não houve uma resposta por parte dos ucranianos, que solicitaram o encontro. Esta pode ser a primeira conversa presencial entre os dois, que já falaram por telefone em março.
Nesta segunda, véspera do início do encontro das Nações Unidas, Lula teve uma reunião bilateral com o presidente da Suíça, Alain Berset, e se encontrou com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown, que ocupou o posto entre 2007 e 2010. De acordo com uma fonte do Itamaraty, o brasileiro recebeu mais de 60 pedidos para se reunir com líderes estrangeiros até a quarta — ele voltará ao Brasil na manhã de quinta-feira.
A confirmação dos encontros depende de uma “engenharia” complicada, porque agendas podem atrasar, o trânsito em Nova York durante a Assembleia Geral é ainda mais caótico e muita coisa é normalmente decidida em cima da hora, razão pela qual os encontros não costumam ser divulgados com antecedência.
Se ocorrer, a reunião com Zelensky acontecerá após um desencontro entre os dois chefes de Estado. Na cúpula do G7, no Japão, em maio, o ucraniano havia pedido um encontro com Lula. O governo brasileiro disse que ofereceu alguns horários, com a informação de que o petista desmarcaria algum compromisso ou adiaria outros para priorizar o presidente do país europeu, que foi invadido pela Rússia de Vladimir Putin. No horário marcado, no entanto, Zelensky não apareceu, de acordo com a diplomacia brasileira. O ucraniano disse que houve uma “incompatibilidade de agendas”.