No fim deste mês, haverá eleição para os cargos de conselheiro fiscal e conselheiro deliberativo (cada um com um suplente) da Funcef, terceiro maior fundo de pensão do país, com 80 bilhões de reais em ativos e 135.000 participantes. Uma das chapas é composta por um braço sindical ligado ao petismo.
Foi sob a gestão dessa turma que os fundos de pensão de empresas públicas federais — como a Funcef — foram sangrados durante os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff. Os desvios promovidos pela companheirada ainda são investigados na Polícia Federal e no Ministério Público Federal.
Além desses dois assentos em disputa, em 2022 haverá nova eleição para conselheiros deliberativos e fiscais e também para diretores da Funcef. Novamente, os sindicatos de esquerda vão se apresentar para o pleito.
Funcionários da Caixa reclamam da falta de transparência na gestão da Funcef e de uma série de investimentos duvidosos que renderam prejuízos bilionários, todos da época em que a Funcef era gerida sob bandeiras político-partidárias.
Muitos aposentados sofrerão pelos próximos 18 anos com um equacionamento que desconta até 4.000 reais todo mês dos benefícios de aposentadoria para cobri o rombo.
E há, ainda, o temor de novos equacionamentos. Um dos fatores que pode ajudar esse o mesmo grupo político-partidário a voltar para a gestão do fundo é a alta abstenção nas votações.