O vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Carlos Felipe Jaramillo, esteve nesta quarta-feira em Brasília para uma reunião com Fernando Haddad e membros do gabinete de transição do governo Lula.
Segundo o executivo, o banco pretende apoiar o Brasil em várias áreas no futuro governo do petista, principalmente no combate à fome e à pobreza, na questão do Meio Ambiente e na proteção da Amazônia e nos temas de política fiscal e macroeconômica.
Jaramillo evitou fazer uma crítica específica sobre a situação das contas públicas brasileiras em meio às discussões no país sobre estouro do teto de gastos e a ampliação das despesas do governo. De acordo com o ele, economistas do Banco Mundial acompanham a situação “cuidadosamente”.
“Vim para encontrar membros do time de transição do presidente Lula. Tivemos uma boa conversa com Fernando Haddad. Discutimos a situação geral da economia global, o papel do Brasil na economia mundial e em várias áreas nas quais o Banco Mundial está oferecendo suporte ao país. O Banco Mundial tem sido um parceiro de longa data do Brasil e nós estaremos dando suporte ao novo governo em várias áreas, que incluem, claro, pobreza e fome, o clima, o meio ambiente e a Amazônia. Incluem ainda crescimento e produtividade e todas as políticas macroeconômicas e fiscais”, disse.
O banqueiro afirmou que a preservação da Amazônia é um assunto de interesse não só do Brasil e da América Latina, mas do mundo todo. “Oferecemos suporte em quatro áreas principais. Número um, pobreza e fome, que ainda são problemas que ocorrem em todo o Brasil. E também discutimos a questão da Amazônia e o controle do desmatamento, ajudando no desenvolvimento sustentável dessa área tão importante não só para o Brasil e para toda a América Latina, mas, acreditamos nós, para o mundo tudo. Essas duas áreas e também os temas de crescimento econômico e política fiscal são muito importantes. Acompanhamos a questão fiscal [do Brasil] cuidadosamente e temos economistas analisando a situação. Nós geralmente damos recomendações para os governos na área fiscal”, disse.