Bancada Preta mobiliza candidaturas nas eleições municipais
Movimento quer levar protagonismo à todas as esferas da sociedade.
O Brasil é marcado pelo racismo estrutural, o que acaba por limitar o acesso da população negra à serviços básicos como saúde e educação. A fim de promover mudanças estruturais e de olho nas eleições deste ano, a Bancada Preta lançou uma série de iniciativas para fortalecer as candidaturas país afora. A proposta é dar luz às pautas relacionadas à negritude, de modo a combater o racismo manifesto em diferentes formas, como a recreativa e religiosa.
A organização é nacional e já conta com projetos para as eleições 2020 nas cidades de Campinas, Francisco Morato e São Paulo. Na pauta, a construção de uma estrutura de cidade que seja antirracista, o que passa por igualdade salarial, preservação da memória africana, saúde e educação. Nesta etapa, a Bancada pretende alcançar quase 3 milhões de pessoas e fidelizar outras 270.000.
“Pensamos no desenvolvimento de uma tecnologia de comunicação para amplificar as candidatas, candidatos, ativistas e instituições, que compõem a bancada preta, tendo como compromisso fundamental a atuação em territórios constituintes das cidades, caracterizadas por alguns desafios enfrentados por toda a comunidade preta e periférica”, explica Vinicius Pedro, da Frente Favela Brasil.
O movimento surgiu de uma parceria entre a Rede Quilombação, Frente Favela Brasil, Nova Frente Negra Brasileira e Educafro. Tão logo saiu do papel, outras entidades aderiram, como o Movimento Negro Unificado, Reafro e Diálogos Afrurbanos.