O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou, na quarta-feira 14, o afastamento da atual direção da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e escalou um interventor para comandar a gestão da unidade após a fuga de dois detentos.
O policial penal federal que atuará como interventor já está na cidade, segundo o ministério. Ele embarcou mais cedo com o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, e outros cinco servidores. A equipe deverá fazer a “apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo”.
Lewandowski também acionou a direção-geral da Polícia Federal para abrir investigações e deslocar uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos. A ação já conta com o engajamento de mais de 100 agentes federais, segundo o MJSP.
Essa foi a primeira fuga registrada em presídio de segurança máxima desde a inauguração do sistema federal, em 2006. Os fugitivos foram identificados como Deibson Cabral Nascimento, o “Chapa”, e Rogério da Silva Mendonça, conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”. Os dois cumpriam pena no Complexo Penitenciário de Rio Branco, no Acre, e foram transferidos para o presídio de Mossoró em setembro do ano passado. Ambos são ligados ao Comando Vermelho.
O ministro ordenou ainda a mobilização das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado, que congregam as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colaborarem com os esforços de localização e prisão dos foragidos.
Outras providências foram instruir a PF para registrar os nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Vermelha da Interpol e incluí-los no Sistema de Proteção de Fronteiras, para que sejam procurados pela comunidade policial internacional, mobilizar a Polícia Rodoviária Federal para realizar o monitoramento das rodovias federais e dar suporte à recaptura dos detentos.
De acordo com o ministério, Lewandowski também determinou a realização de uma “imediata e abrangente” revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais. Além de Mossoró, também há unidades em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF).