Em resposta à declaração de Lula, na quinta-feira 2, de que não pensa em lista tríplice para escolher o próximo chefe da PGR, a Associação Nacional dos Procuradores da República divulgou uma nota há pouco defendendo o modelo, que segundo a entidade “permite transparência na definição do Procurador-Geral da República”.
“Além disso, acreditamos que o processo público de debates com a carreira e a sociedade, culminando na definição da lista após amplo escrutínio, é o procedimento mais alinhado à Constituição de 1988. Levaremos ao Presidente da República essas preocupações e temos plena confiança de que haverá um diálogo produtivo em torno deste tema”, afirmou a ANPR.
O Radar mostrou na edição que está nas bancas que o petista disse recentemente a um interlocutor do Judiciário que não vai mesmo seguir a tradição de escolher o sucessor de Augusto Aras a partir da lista tríplice. Ou seja, seguirá o caminho aberto por Jair Bolsonaro, que escolheu o atual chefe do Ministério Público Federal apesar de ele não ter sido defendido pela categoria.
Na entrevista que concedeu, na quinta-feira 2, para a Band, o presidente confirmou que “já está provado que nem sempre a lista tríplice resolve o problema”.
“Vou pensar muito com a consciência. Vou pensar muito. O critério será pessoal, de muita meditação, vou conversar com muita gente”, declarou Lula.
Ele não disse, no entanto, qual “problema” espera resolver escolhendo um PGR de sua conta pessoal.