A defesa de Anderson Torres, que comandou a Justiça e Segurança Pública na segunda metade do governo Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira, 15, que o ex-ministro vai pedir para prestar novo depoimento à Polícia Federal e fazer uma acareação com os comandantes militares que o acusaram de dar “suporte jurídico” a planos golpistas do ex-presidente envolvendo a decretação de GLO, Estado de Sítio ou Estado de Defesa para reverter o resultado das eleições de 2022.
Por meio de nota do advogado Eumar Novacki, Torres reafirmou o teor de seu primeiro depoimento à PF, em que disse nunca ter participado de “qualquer reunião” com Bolsonaro e militares para tratar de “quaisquer medidas antidemocráticas”.
“O ex-ministro da Justiça, citado de modo genérico e vago por duas testemunhas, esclarece que houve grave equívoco nos depoimentos prestados”, diz o comunicado. “Anderson Torres mantém sua postura cooperativa com as investigações e seu compromisso inegociável com a democracia.”