Além de medidas para incentivar o mercado habitacional, a presidente Dilma Rousseff deve aproveitar a reunião do Conselhão para tentar dar um gás no pacote de concessões públicas.
As duas áreas foram escolhidas para tentar impulsionar a atividade econômica, uma vez que o governo concluiu que não há espaço para medidas como novas desonerações — que teriam impacto fiscal — ou de incentivo ao consumo, que pressionariam a já descontrolada inflação.
As medidas na área habitacional serão voltadas para a classe média. A Caixa deve anunciar novas regras para o uso do FGTS para a compra de imóveis.
A ideia é ajudar o setor a sair da estagnação e incentivar a retomada da construção civil, vista como saída para conter o desemprego.
Assim, além de facilitar o crédito habitacional, o governo estuda também medidas de financiamento de material de construção — Dilma ainda não bateu o martelo nesse item, ainda em estudo.
Na área de concessões, além de novas regras para facilitar o leilão de portos, o governo deve tentar acelerar os lotes de rodovias, provavelmente também com condições mais atraentes.
O pacote final de medidas deve ser fechado só na semana que vem, quando o ministro Nelson Barbosa volta do Fórum Econômico Mundial, em Davos.