O deputado eleito Lindbergh Farias (PT-RJ) defendeu que a PEC da Transição seja fixada em, no mínimo, 150 bilhões de reais. Segundo o petista, que integra o grupo técnico de Centro de Governo no gabinete de transição, o valor seria necessário para manter o mesmo gasto orçamentário deste ano, sem cortes em áreas como educação, saúde e habitação.
“Acho que a gente não pode cair muito, vai ter negociação no Senado, na Câmara, mas abaixo de 150 bi é ajuste fiscal”, disse o parlamentar em frente ao CCBB, sede do gabinete de transição de Lula. “Não tem gastança, o valor de 150 bi é manter o mesmo gasto do orçamento deste ano”, acrescentou.
Lindbergh citou cortes de 12 bilhões de reais para educação e o impacto nas universidades. Os programas de saúde indígena e a falta de verba para o Minha Casa, Minha Vida também foram usados pelo petista para exemplificar o cenário orçamentário do país.
“Se a gente aprovar alguma coisa com menos de 150 bi, sabe o que vai acontecer? Em setembro do próximo ano, outubro, vamos ter essa mesma crise que está acontecendo agora”, projetou o deputado eleito.
Segundo Lindbergh, mesmo com a garantia do gasto de 150 bilhões de reais além do teto, o próximo governo já terá de fazer cortes para bancar o Bolsa Família em 600 reais, com 150 reais adicionais para crianças de até 6 anos.