O Ministério da Justiça de Ricardo Lewandowski montou uma força-tarefa que conseguiu reduzir de 80 para 20 dias o prazo de análise dos pedidos de autorização de residência de estrangeiros para trabalho e investimento no Brasil, no fim de junho.
Isso porque o fluxo da imigração laboral disparou neste primeiro semestre — o que é considerado um sinal de aquecimento da economia.
Na primeira metade de 2024, foram registradas 20.085 solicitações, 23% a mais que os 16.426 dos seis primeiros meses de 2023.
Na comparação com os 11.933 pedidos do mesmo período de 2022, último ano do governo Bolsonaro, o salto foi de expressivos 68%.
Para otimizar a resposta às demandas, a Secretaria Nacional de Justiça também reformulou procedimentos e iniciou estudos para a aplicação de ferramentas de inteligência artificial, com o objetivo de dar maior celeridade e segurança às análises.
Além do aumento nos pedidos, a pasta também aumentou a quantidade de decisões no primeiro semestre deste ano (para conceder ou não a residência no Brasil). Foram 20.191, contra 13.611 na primeira metade do ano passado e 12.569 no mesmo período de 2022.
Origens e destinos
Os pedidos registrados durante todo o ano passado (29.627) vieram principalmente da China (3.248), das Filipinas (2.664), da Índia (1.752), dos Estados Unidos (1.677), do Reino Unido (1.604), Itália (1.460), Alemanha (1.208), Japão (1.069), França (952) e Bangladesh (931).
Já os principais destinos de trabalho dos imigrantes foram os estados do Rio de Janeiro (11.924) e São Paulo (10.657), que juntos representam 76,2% do total. Na sequência vieram Paraná (1.622), Minas Gerais (1.247), Bahia (819), Santa Catarina (556), Amazonas (415), Ceará (336), Distrito Federal (325) e Rio Grande do Sul (298).