Se o depoimento de Wladimir Garcez à CPI mista do Cachoeira for verdadeiro, poucos vereadores na história do país terão sido tão influentes nas altas rodas políticas da República como o ex-vereador de Goiânia. Na carta que leu à CPI, Garcez deu respostas coreografadas para uma série de falcatruas envolvendo o bicheiro Carlinhos Cachoeira e políticos no seu entorno.
Surpreendendo integrantes da ala governista na CPI, Garcez se dispôs também a relatar sua suposta rede de contatos. Em dado momento, enfileirou os nomes de “lideranças” que dizia conhecer e ter amizade: José Eduardo Cardozo, Henrique Meirelles, Iris Rezende, Olavo Noleto, Marconi Perillo e até Mário Covas. Na parte que deixou os governistas preocupados, Garcez fala de Noleto, o assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais:
— Prezo da amizade do doutor Olavo Noleto, assessor especial do Palácio do Planalto, com quem mantenho relacionamento desde quando fui presidente da Câmara do governo do PT de Pedro Wilson, mesmo pertencendo ao PSDB. Já me encontrei várias vezes com eles, mas nunca para tratar de qualquer assunto ilícito.