Desde que Paulo Guedes, ministro da Economia, recomendou a Jair Bolsonaro vetar a extensão das desonerações para 17 setores e igrejas para 2021, a relação dele com o Congresso piorou radicalmente. A aposta era conseguir emplacar a reforma tributária e utilizar a nova CPMF para custear o extinção destes impostos. Não deu. A reforma tributária dificilmente sairá em 2020 e os congressistas vão reavivar as desonerações.
Um dos líderes do governo diz que foi um acordo, mas na verdade o ministro da Economia foi atropelado. Sem acordo para a tributária, os parlamentares vão derrubar os dois vetos presidenciais que acabavam com essas desonerações. Assim, os benefícios fiscais serão prorrogados por um ano. A conta beira 15 bilhões de reais. Um dos motivos para os vetos é que não havia previsão orçamentária para mantê-los, o que poderia colocar Jair Bolsonaro na rota de um processo de improbidade administrativa. Segundo esta liderança, isto está equacionado.
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