A ampla maioria dos consumidores, ou 96% deles, defende que sites estrangeiros paguem tanto ou mais impostos quanto empresas brasileiras para importar produtos — o que traria bilhões de reais aos cofres públicos e, na visão de parte do Congresso, compensaria a desoneração da folha de salários, contestada pelo Ministério da Fazenda. O dado é de pesquisa do Instituto Locomotiva, que aponta 44% dos respondentes defendendo a isonomia tributária (cobrança igual de impostos) entre empresas brasileiras e estrangeiras e outros 55% favoráveis a impostos maiores para as estrangeiras do que para as nacionais.
Pela legislação atual — defendida por apenas 4% dos entrevistados — plataformas estrangeiras, como Shopee e Shein, são isentas de tributação para importar produtos de valor até 50 dólares. O fim da isenção, garantindo isonomia entre o varejo internacional e o brasileiro, elevaria a arrecadação da União em até 19 bilhões de reais, segundo estimativa da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) — preenchendo o rombo deixado pela desoneração da folha, estimado em cerca de 18,4 bilhões pelo governo.
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