A suspensão da polemicíssima promoção de 606 procuradores da Advocacia-Geral da União, a AGU, na ressaca da apresentação da reforma administrativa, virou um trunfo político do ministro da Economia, Paulo Guedes, para dar vazão à proposta. Guedes quer aproveitar a péssima recepção da notícia de que a autarquia queria beneficiar os servidores, em meio à pandemia, para trazer à tona as discussões morais do funcionalismo público para o debate público.
Autorizadas na sexta-feira 18, as promoções elevariam os procuradores ao posto mais alto dentro da AGU, com salário de 27,3 mil reais. A suspensão ocorreu após o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, o TCU, pedir uma liminar para suspender o aumento salarial aos servidores.
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