Apenas no dia anterior ao Dia da Independência, o 7 de Setembro, o dólar se valorizou em 1,5%. A moeda americana teve uma alta de 4% em pouco mais de uma semana, chegando a 5,24 reais na terça-feira, 6. Parte da explicação para uma subida nessa velocidade são os feriados americano e brasileiro que se deram nesta semana. No caso dos Estados Unidos, o Dia do Trabalho, na última segunda-feira, 5. Os dias atípicos deixariam os investidores mais resguardados. Entretanto, a incerteza a respeito do feriado brasileiro é apontada como razão para a desvalorização do real.
Em entrevista ao Radar Econômico, o especialista em câmbio Mauriciano Cavalcante traça sua visão a respeito da trajetória da moeda brasileira. “O maior problema é uma questão interna nossa, a expectativa sobre esse feriado em particular, o sete de setembro. Não é simplesmente um feriado qualquer, há muito barulho e incertezas em relação a essa data e ao que o presidente Bolsonaro pode fazer. É o principal fator para a alta do dólar nos últimos dias”, diz.
Quanto às perspectivas para o dólar pós-feriado, Cavalcante afirma que tudo dependerá dos eventos que se derem na celebração da Independência. “Se o sete de setembro for um dia relativamente normal, de desfile e sem grandes bagunças ou disrupções, o dólar deve retornar ao patamar de 5,15 reais na quinta-feira”, comenta.
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