Alguns grupos de caminhoneiros, nesta segunda-feira, 1º, tentaram organizar um levante contra o governo. Líderes reconhecidos, inclusive, participaram da movimentação. Contudo, o líder de uma outra corrente, mais moderada, com foco em caminhoneiros do Centro-oeste, explicou ao Radar Econômico por que os trabalhadores dessa região não vão aderir a nenhuma paralisação neste momento. O motivo está no escoamento da supersafra de grãos que o Brasil terminou de colher recentemente.
Segundo esta liderança, 75% de motoristas de graneleiros estão focados no escoamento da soja. Como todas as commodities estão com viés de alta, os fretes para esse escoamento está subindo também. Perder este frete significa perder boa parte do ano para esses caminhoneiros. Assim, qualquer movimento de paralisação não sobreviveria ao racha interno na organização dos próprios caminhoneiros. Contudo, essa mesma liderança diz: “desde 2018 que o barulho não era tão grande”. Ou seja, o risco de greve é pequeno, mas já é maior do que nos últimos dois anos.