Indústria articula para aprovar minirreforma trabalhista da mineração
Fiemg tenta convencer Congresso a aprovar emenda na MP 1045, que prorroga o programa de redução de jornada e altera regras trabalhistas
A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) está empenhada em aprovar uma emenda na Medida Provisória 1045, que prorroga o programa de redução de jornada e de suspensão de contratos e altera regras trabalhistas, que vai beneficiar diretamente o setor de mineração. A emenda permite basicamente que os turnos dos mineiros sejam ampliados para 12 horas por jornada, hoje só é permitido 6 horas por dia. E também permitir a extensão da jornada de 144 horas semanais para 180 horas, desde que com pagamento de hora extra. O presidente da Fiemg, Flavio Roscoe, diz que os mineiros levam uma hora e meia em média para ir e outro tanto desses para voltar das minas, fazendo com que a produtividade seja muito pequena em um turno de 6 horas. Segundo ele, se for aprovada a jornada de 12 horas, o mineiro passará a trabalhar 3 dias por semana, em vez dos seis dias como é hoje. A Fiemg está fazendo forte pressão no Senado Federal, que é comandado pelo mineiro Rodrigo Pacheco, para que a minirreforma trabalhista seja votada e aprovada.
O Senado estava empurrando a MP com a barriga depois de intrigas com a Câmara e, só nesta semana, designou um relator. A MP, que faz uma minirreforma trabalhista, precisa ser aprovada até dia 07 de setembro, sob risco de caducar. Mas vários pontos aprovados na Câmara estão sob fortes críticas por tirar direitos dos trabalhadores.