Os candidatos à presidência dos Estados Unidos tiveram o seu primeiro debate na última terça-feira, 10. A democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump não possuem novos debates previstos até a eleição americana em novembro. A avaliação geral é que a democrata teve um desempenho superior no confronto direto, mas, ainda assim, o jogo eleitoral continua embaralhado e a votação deve ser decidida por poucos votos. Pouco se falou de economia no debate, mas alguns economistas já conseguem desenhar possíveis cenários para cada um dos candidatos. Trump tem como principal proposta o corte de impostos para americanos e a elevação de tarifas para produtos importados — sobretudo os chineses. Já Harris promete uma gestão fiscal mais austera para tentar controlar o endividamento dos Estados Unidos.
O economista Bruno Corano afirmou em entrevista ao programa VEJA Mercado que o mercado está mais inclinado à candidatura democrata neste momento, e que a proposta de sobretaxar produtos importados ainda gera confusão entre economistas e gestores.
Questionado sobre qual candidatura tem as melhores propostas econômicas e que possam permitir juros menores nos EUA, o especialista evitou cravar uma resposta e disse que os primeiros meses de mandato serão fundamentais para determinar o rumo da maior economia do mundo nos próximos quatro anos. “Não é possível prever exatamente qual presidente terá melhor impacto imediato na economia. Já a longo prazo, o governo mais austero prometido pela Kamala me parece melhor para o país já que menos gastos geram menor endividamento. Embora Trump sinalize um aumento de despesas, talvez o discurso de mais cortes de impostos para empresas e grandes fortunas anime uma parte do mercado e alimente a operação. É preciso esperar a eleição e os primeiros meses do novo governo”, disse.
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