O presidente Jair Bolsonaro pediu o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes, para dar vazão à continuidade da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia. No início da pandemia, o ministro defendeu a medida como uma forma de pressionar os congressistas a aprovar uma nova CPMF — que restituiria as perdas oriundas das empresas — e, consequentemente, estimulasse a criação e manutenção de vagas no período mais crítico do isolamento social promovido por governadores e prefeitos.
Agora, em troca, o ministro pede menos. Guedes sabe da dificuldade de dar vazão no Congresso ao imposto sobre movimentações, extremamente impopular. Ele, portanto, solicitou a Bolsonaro que mobilizasse a articulação política em torno de sua agenda de reformas. “Imposto sobre pagamentos é uma arma de destruição em massa de empregos”, afirmou ele. Estão encalacradas no Congresso Nacional as reformas administrativa e tributárias, além da PEC dos Precatórios, tidas como fundamentais pelo ministro para retomar o crescimento.