Esnobados pelo governo brasileiro, os executivos da Pfizer voltaram a ser chamados pelas autoridades brasileiras. Os novos contatos foram feitos há uma semana. Um dos maiores defensores da vacina dentro do governo não está no Ministério da Saúde, mas no das Comunicações. Fabio Faria celebra e advoga pelo laboratório a cada avanço dos estudos.
Na visão dos executivos da Pfizer, sua vacina pode ser uma opção para ajudar na vacinação da população em um primeiro momento, especialmente no primeiro semestre de 2021, quando as vacinas do acordo entre AstraZeneca, Universidade de Oxford e Fiocruz ainda estarão em produção. A farmacêutica americana está, neste momento, “produzindo a risco”, como frisou um dos executivos.
Nesta sexta-feira, 9, a afirmou que seu imunizante preveniu mais de 90% das infecções da doença em quem o recebeu. A vacina está prestes a concluir sua última fase de testes e mais de 43.000 voluntários já a receberam.
Em um primeiro momento, as negociações não andaram porque a Pfizer não pretende firmar um acordo de transferência de tecnologia, como fizeram a AstraZeneca e a Sinovac — que desenvolve um imunizante com o Instituto Butantan. Apesar disso, conta muito a favor dos americanos o fato de que deverão ser o primeiro grupo privado a entregar uma vacina.
A Pfizer e p Ministério da Saúde enviaram notas ao Radar Econômico, que você lê abaixo, na íntegra.
A Pfizer continua em contato com o governo brasileiro e ofereceu a possibilidade de encaminhar uma proposta atualizada de fornecimento de sua potencial vacina, sujeita à aprovação regulatória, que permitiria vacinar milhões de brasileiros. Aguardamos um retorno do Ministério da Saúde para continuar com as tratativas. (Pfizer)
O Ministério da Saúde tem trabalhado em diversas frentes para alcançar com agilidade e segurança uma solução efetiva para a cura da Covid-19 no Brasil. Todas as vacinas com estudos avançados no mundo estão sendo analisadas, inclusive a do laboratório Pfizer. (Ministério da Saúde)
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