A alta cúpula do governo montou um plano robusto para desfazer o mal-estar com o mercado financeiro, depois de o presidente Jair Bolsonaro exigir a saída do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Três medidas devem ser tomadas até o fim desta semana: 1) sanção presidencial da autonomia do Banco Central (Palácio do Planalto); 2) envio do projeto para privatização dos Correios (Ministério das Comunicações); 3) envio do projeto para capitalização da Eletrobras (Ministério de Minas e Energia).
As ações estão sendo coordenadas entre o Planalto e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que vê uma janela de oportunidade para conseguir a aprovação do Congresso nas privatizações.
Esta é a forma de o governo dizer que a agenda liberal não foi abandonada, mesmo que o mercado reclame da forma inesperada como foi feito o pedido para a troca na Petrobras. Caso avancem os projetos, serão as primeiras grandes privatizações do governo. Das privatizações prioritárias elegidas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, faltariam apenas o Porto de Santos e a PPSA, empresa que faz a gestão do pré-sal.
+Siga o Radar Econômico no Twitter