Forças de segurança falam em “traição” de Bolsonaro e articulam resposta
Policiais organizam assembleias para discutir resposta a recuo do governo no reajuste prometido à categoria
As entidades que representam as forças de segurança da União estão se articulando para realizar assembleias na próxima semana para deliberar sobre o que farão ao que chamam de “traição” do presidente Jair Bolsonaro, que recuou de dar aumento para as categorias como prometido no ano passado. O governo tinha reservado 1,7 bilhão de reais para dar reajuste salarial entre 20% e 30% a policiais, mas com a pressão de outras categorias sinalizou que vai dar um aumento linear de 5% para todos os servidores.
Nas discussões entre policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários, eles já dizem que o fato de estarmos em ano eleitoral já é uma força de pressão em si. Eles querem entregar suas reivindicações a todos os presidenciáveis. Outra forma de pressão poderá ser feita por meio de campanhas publicitárias. Os policiais, por lei, não podem entrar em greve, como fizeram os servidores do Banco Central que também reivindicam reajustes.
No Planalto, a crença é de que os policiais já estão do lado do presidente e vão aceitar uma nova promessa de reajuste para depois das eleições.
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+A ameaça dos policiais federais a Bolsonaro
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