A Positivo, empresa brasileira que desenvolve celulares e tablets, entre outros dispositivos, firmou um financiamento de 330 milhões de reais junto ao BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para viabilizar duas iniciativas: impulsionar a inovação na empresa e modernizar sua capacidade produtiva. Para Leandro dos Santos, vice-presidente de estratégia e inovação da companhia, trata-se de um recurso fundamental para que possa haver competição entre a brasileira e seus pares estrangeiros. “O Brasil estava sendo massacrado (sem fomentos como esse)”, diz em entrevista ao Radar Econômico. “Hoje as empresas brasileiras estão precisando se financiar a uma taxa de juros fora da realidade mundial”, complementa. O executivo afirma que o BNDES entra como um “acelerador” de investimentos e cita o caso da Positivo. Sem o financiamento, os projetos levariam de dois a três anos a mais para serem implementados na companhia, segundo Santos. O executivo diz que ficou positivamente surpreso com a disposição do BNDES em financiar as operações da Positivo. De acordo com Santos, as portas do banco parecem estar abertas para que mais parcerias do tipo sejam firmadas no futuro próximo.
Os 330 milhões de reais em financiamento do BNDES estão divididos conforme os dois projetos da empresa. Serão 258 milhões de reais para fomentar a inovação em em produtos, serviços e soluções, especialmente com inteligência artificial e segurança cibernética. Os 72 milhões de reais restantes serão empregados na expansão e atualização de fábricas em Manaus (AM), Ilhéus (BA) e Curitiba (PR), de modo que a tecnologia 5G possa ser incorporada em um ritmo mais acelerado em celulares, tablets e maquininhas de cartão produzidas pela marca. A meta da companhia é ter 65% dos seus produtos com tecnologia 5G até o final de 2025. Também será viabilizado o lançamento de um novo produto pela Positivo, um leitor biométrico.
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