A cadeia ligada ao gás natural tem reclamado, inclusive para autoridades, de que em meio a maior crise hídrica da história, a Petrobras tenha chegado a elevado grau de reinjeção de gás na produção de petróleo. Em setembro, alcançou o patamar de 50%, um volume recorde de gás reinjetado. Enquanto isso, o país batia recordes de importação de gás para geração de energia. Os técnicos do setor explicam que existe uma razão para a Petrobras usar tanto gás na reinjeção: atraso de dois anos na obra do Comperj, que fez atrasar a rota 3 – um duto para escoamento do gás. Assim, o campo de Búzios bate recordes de produção, mas não tem como escoar o gás natural. Ou seja, a pressão do setor é para acabar o quanto antes com o monopólio da empresa e pressionar o governo para agilizar construção de gasodutos.
A Petrobras diz que parte do gás que produz é reinjetado para atender limites de especificação do gás e aumentar a produção do petróleo. Sobre a importação, a empresa diz que o país passa por momento de grande demanda por gás natural para viabilizar acionamento das térmicas e garante que atendeu todos os contratos de fornecimento que tinha com usinas termelétricas.