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Cruzeiros pararam por excessos da Anvisa, diz ministro do Turismo

“Os turistas podem ir de jegue, carro ou avião. Por que não de navio?”, diz Gilson Machado em entrevista ao Radar Econômico

Por Victor Irajá Atualizado em 6 jan 2022, 08h57 - Publicado em 6 jan 2022, 08h32
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  • O ministro do Turismo, Gilson Machado, atribuiu ao que chamou de “excessos” da Anvisa e dos estados a decisão de empresas responsáveis pela realização de cruzeiros de suspenderem as atividades até o dia 21 de janeiro. Em entrevista ao Radar Econômico, o ministro afirmou que a “preocupação com a ômicron é pontual” e que espera que “a baixa letalidade e a alta transmissibilidade leve à imunidade de rebanho e ao fim da pandemia”. Segundo ele, 99,9% dos passageiros que testaram positivo para a Covid-19 estavam assintomáticos e só foram identificados graças a protocolos rígidos de testagem. Ainda de acordo com ele, porém, os atuais protocolos exigidos pela Anvisa e pelos estados inviabilizam a operação dos navios. “Quem decidiu parar foram as empresas por causa dos excessos por parte da Anvisa e dos estados. Não dá para chegar em um porto em que os passageiros desceriam para passear por oito horas na cidade e esperar quatro horas para que os protocolos sejam seguidos”, afirma.

    “O número de pessoas infectadas é de menos de 1%. Na Europa e no Caribe os cruzeiros continuam rodando com mais de 15% dos passageiros infectados. Porque não tem pressão hospitalar”, diz. “Não estamos fazendo nada fora do normal, estamos transportando brasileiros. Os turistas podem ir de jegue, carro ou avião. Por que não de navio? É brasileiro viajando dentro do Brasil”, defende. Segundo Machado, os cruzeiros são uma atividade de extrema importância para a economia do país. “A cada 13 passageiros é criado um emprego. Essa temporada ia deixar cerca de 1,7 bilhão de reais dentro do Brasil, já que cada cruzeiro fatura em torno de 350 milhões de reais e fomenta diversas cadeias”, pontua.

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