Como o Carrefour quer fazer uma revolução na área imobiliária
Com 21 bilhões de landbank, Carrefour Property quer remodelar os espaços do grupo com shoppings, galerias, torres comerciais e hotéis
A unidade de negócios do Carrefour no ramo imobiliário, o Carrefour Property, quer crescer e aparecer. Com a incorporação do Grupo BIG pela empresa no Brasil, a companhia passou a ter 518 imóveis próprios, que somam 21 bilhões de landbank (ou banco de terrenos). Hoje, além dos supermercados e hipermercados, a empresa administra mais de 370 galerias comerciais, além de cinco shopping centers — três em São Paulo, um no Distrito Federal e um em Santa Catarina. A ideia, para 2023, é expandir o foco de atuação para torres residenciais e de escritório, remodelando cerca de 250 projetos.
“A gente tem 518 terrenos de propriedade. Desses, temos 50 projetos com potencial construtivo sobrando que a gente pode desenvolver. Mas, a gente acredita que vamos chegar, no próximo ano, à metade desse potencial construtivo, ou seja 250 projetos com potencial para desenvolvimento imobiliário”, afirma a CEO do Carrefour Property, Liliane Dutra. “A ideia é sempre expandir a partir de uma loja, como um supermercado ou hipermercado, observando a oportunidade de construir uma galeria de serviços ou se há potencial para um shopping center naquele local.”
A executiva conta que a empresa tem trabalhado para desenvolver projetos imobiliários voltados a áreas residenciais e comerciais. Nesse sentido, o grupo inaugurou recentemente uma primeira fase do complexo multiuso Alto das Nações, realizado em parceria com a incorporadora WTorre, com um valor geral de vendas (VGV) estimado em 3 bilhões de reais. O empreendimento é fruto da revitalização da primeira unidade da multinacional francesa no Brasil, aberto em 1975, em São Paulo. É esperado que 14 mil pessoas circulem pelo local diariamente no futuro.
A empresa tenta também dar uma nova cara para seus empreendimentos de shopping centers, como o Jardim Pamplona Shopping, em São Paulo, que sofreu com a pandemia de Covid-19, já que a maioria de suas lojas eram voltadas ao segmento da alimentação. “O Pamplona era altamente ancorado no segmento de gastronomia, praça de alimentação e um terraço de restaurante além do cinema e uma academia, e foram os segmentos que mais sofreram na pandemia. Então, a gente está num processo de retomada de contratação de lojistas para lá”, afirma Liliane.
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