A Compass, empresa de gás do grupo Cosan de Rubens Ometto, vai ter que responder uma série de questionamentos sobre a operação de compra de 51% da Gaspetro, empresa de gás que pertence a Petrobras. O conselheiro do Cade, Luiz Augusto Hoffman, aceitou uma série de recursos de associações de consumidores de gás (Abrace e Abividro), de transporte (ATGAS) e da própria Agência Nacional de Petróleo (ANP) contra parecer da Secretaria Geral que aconselhava a aprovação do negócio. Segundo o relator, a Secretaria não levou em conta diferentes cenários de definição de mercado relevante, as barreiras à entrada no setor e ainda a ausência de rivalidade efetiva a ponto de coibir eventual exercício de poder de mercado após a operação. O próprio Ministério de Minas e Energia se colocou contra a aprovação do negócio do jeito que está. A Compass terá dez dias para se defender, mas, com isso, a análise do ato de concentração foi adiada por 90 dias.
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