Brasil no epicentro da pandemia, problemas fiscais do governo, inflação e número muito pequeno de empresas de capital aberto focadas em inovação. Não bastassem premissas tão ruins, o Brasil ainda tem um outro problema para atrair capital estrangeiro para a bolsa de valores: perdeu relevância no índice global de ações. Entre os emergentes, o Brasil é o país com menor peso no índice MSCI. Tem menos de 5% do índice, pior marca do país de todos os tempos. Em seu auge, o Brasil já chegou a representar 35% do índice. No índice MSCI global, que inclui todos os países, o Brasil está no pior nível desde 2016, ano do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O peso é de cerca de 0,5%, já chegou a mais de 2% no auge, em 2012.
Marcus Vinícius Gonçalves, presidente para o Brasil da gestora internacional de recursos Franklin Templeton, que administra 1,5 trilhão de dólares no mundo, diz que a conta é simples: “Investidor estrangeiro que entrar muito em Brasil vai ficar desbalanceado”. Por outro lado, também pode significar que o Brasil está barato. “Mas precisamos resolver nossos problemas internos antes. Fiscal, tributário, de competitividade etc”.