Em uma incursão pela defesa do Brasil como um expoente de produção de energia limpa e renovável, o ex-ministro da Economia Paulo Guedes defendeu que a pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia fomentaram a possibilidade de o país despontar como “uma potência de energia verde”. “Surge a oportunidade de transformar uma tragédia geopolítica e econômica e despontar como potência de energia verde”, disse o ex-ministro durante uma reunião realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, ao lado do ex-colega de Esplanada dos Ministérios, Tarcísio de Freitas.
“Como o Brasil não estava integrado à economia global e tem energia mais limpa e barata do mundo, podemos ser a fonte de reindustrialização do mundo em cima de energia limpa e barata”, afirmou Guedes. “Estamos vindo de uma clínica de reabilitação curados enquanto estão todos indo para a clínica”, defendeu o ex-ministro, em referência aos outros países. “Os investimentos feitos na China vão para países como o México e Índia. O Brasil ainda está atrás do palco, não apareceu. E estamos dizendo: pode chamar o Brasil”, disse.
“Temos energia solar e eólica se expandindo. O Brasil é protagonista da transição energética. Os países do Oriente Médio sabem que tem um relógio com tic-tac ali. Não vamos dispensar o combustível fóssil, mas reduzir para 40%, 50% o uso em 20 ou 30 anos. Os árabes sabem que têm um encontro marcado com o futuro”, afirmou Guedes. “Eles vão perder a vantagem competitiva natural. São os parceiros naturais do Brasil para a transferência energética, eles têm interesse em fazer essa parceria”, defendeu.