Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

Radar Econômico

Por Pedro Gil Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich
Continua após publicidade

Bolsa sobe 3% em semana do primeiro grande marco econômico do governo

Anúncio do arcabouço fiscal marcou cinco melhores pregões seguidos desde janeiro, mitigando perdas da semana anterior; dólar cai a 5,06 reais

Por Felipe Erlich Atualizado em 4 jun 2024, 11h05 - Publicado em 1 abr 2023, 10h41

VEJA Mercado | fechamento da semana | 27/03 a 31/03

O Ibovespa inverteu seu desempenho desastroso da penúltima semana de março em meio ao anúncio da nova regra fiscal do país. Nos cinco pregões entre os dias 20 e 24, a bolsa de valores registrou queda de 3%. Já na semana em que o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, anunciou o projeto, o número se manteve, mas de sinal trocado, com o índice subindo 3%. Apenas no dia em que os princípios do chamado arcabouço fiscal vieram a público, na quinta-feira, 30, a principal métrica do mercado financeiro escalou em cerca de 2%. Vale lembrar que, há exata uma semana antes do anúncio, o Ibovespa registrava seu pior patamar desde julho de 2022, aos 97,9 mil pontos. No dia da coletiva de Haddad, o indicador foi a 103,7 mil pontos, ou seja, disparando quase 6% ao longo de cinco pregões positivos — algo que não ocorria desde o início do ano, entre os dias 4 e 11 de janeiro.

Um indicador de extrema importância para as finanças do país que também teve ganhos na semana foi o câmbio. Entre segunda e sexta-feira, a moeda americana perdeu 3,5% de seu valor frente ao real, indo da cotação de 5,25 reais a 5,06 reais. O real avançou dia após dia ao longo de toda a semana. O bom resultado é reflexo, logicamente, da boa recepção dos investidores — brasileiros e internacionais — em relação ao arcabouço.

Dentre os aspectos da política que são do agrado do mercado, estão as metas de zerar a dívida pública já em 2024 e atingir superávits de 0,5% e 1% em 2025 e 2026, respectivamente. Além disso, o avanço das despesas federais seria limitado a 70% do avanço da receita, em guinada fiscalmente austera do governo petista. Ressalta-se que, temeroso com um possível aumento de impostos advindo de atrelar receitas e despesas públicas, o mercado operou em baixa na sexta, em queda de 1,8%.

Continua após a publicidade

Nas palavras de Haddad, o novo arcabouço sana deficiências do antigo teto de gastos ao combinar o melhor dos dois mundos. “Traça uma trajetória consistente de resultado primário em que, necessariamente, a despesa vai crescer a taxas menores em relação à receita, dando sustentabilidade às contas públicas sem rigidez absoluta”, disse. Já a ministra do Planejamento, Simone Tebet, destacou o caráter moderado e conciliador da regra fiscal em evento no início da semana. “Vai agradar todo mundo. Não significa que vai agradar 100%, vai agradar um pouco os dois lados. O governo, que é mais expansionista, mas também prezando pela responsabilidade fiscal”, disse.

Na ocasião, a ministra aproveitou para endereçar aquela que surge como uma das principais questões da proposta: se será do agrado também dos deputados, que precisam aprová-la. “Conheço bem o Senado. No conteúdo, o arcabouço vai agradar a grande maioria dos senadores. Estou confiante que vai ser aprovado no Congresso”, disse. Trata-se de um assunto um tanto quanto delicado considerando a dificuldade do governo federal na articulação de uma base sólida no Legislativo. Começa uma longa jornada por uma melhora perene na gerência das contas públicas.

Siga o Radar Econômico no Twitter

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.