Após a chegada de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central, a autoridade “não terá uma atuação puramente técnica” e a pressão política deve fazer com que o órgão busque o teto da meta de inflação, de 4,5%. A opinião consta em carta comemorativa de um ano da gestora Etti Partners enviada a clientes.
Na leitura da casa, o rumo da autoridade será “muito parecido com a gestão do [presidente do BC, Alexandre] Tombini, com Dilma Rousseff presidente. “Perdendo confiança no BC, o mercado pode piorar ainda mais no final do ano que vem, principalmente quando ficar claro que a meta de superávit primário em 2025 não será cumprida”, diz a carta.
Apesar do prognóstico negativo, a Etti também afirma que não vê uma depreciação mais forte no curto prazo, com a cotação acima de 6 reais/dólar. Ainda assim, a recomendação aos clientes é de manter dólares como uma alocação estrutural, especialmente custodiado fora do país.