A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai anunciar, nesta sexta-feira, 12, a certificação do medicamento remdesivir, fabricado pelo laboratório Gilead, como tratamento para a Covid-19. Os trâmites foram concluídos na quarta-feira, 10, com a emissão da certificação de boas práticas do laboratório. Será o primeiro medicamento autorizado pela autoridade para combater o novo coronavírus.
Contudo, a liberação não vem sua boa dose de polêmica. A Organização Mundial da Saúde, no maior estudo realizado envolvendo a droga, afirmou, a este Radar Econômico, que o medicamento tem pouca ou nenhuma eficácia contra a Covid-19. Os estudos foram realizados no âmbito do Solidarity Therapeutics Trials. “O estudo Solidarity fornece a grande maioria das informações em todo o mundo sobre o impacto do remdesivir e do interferon na mortalidade e na necessidade de ventilação. O estudo descobriu que remdesivir, hidroxicloroquina, lopinavir ou ritonavir e interferon têm pouco ou nenhum efeito na mortalidade de pacientes hospitalizados”, escreveu a OMS, em nota.
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