Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Paris é uma Festa

Por Monica Weinberg Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Histórias da cidade olímpica fora das arenas
Continua após publicidade

Dobradinha imperdível em Paris: biblioteca para ler e olhar

Uma das mais completas coleções de livros, manuscritos e fotos do mundo é um tesouro escondido

Por Monica Weinberg, de Paris
2 ago 2024, 07h19
  • Seguir materia Seguindo materia
  • É perto do museu do Louvre, mas nem todo mundo passa por ali. Pois vale o detour. Batizada em homenagem ao todo-poderoso cardeal que mandava e desmandava na corte de Luís XIII, a biblioteca Richelieu, que apareceu só vários ângulos projetada nos telões da cerimônia de abertura no Sena, é uma joia que proporciona aquele respiro em meio à maratona da Olimpíada. E que respiro.

    Logo de cara, a Sala Oval é um deslumbre, com suas dimensões espantosas em forma de anfiteatro e um teto de vidro que deixa a luz entrar à vontade. Tem gente que vai ali para ler, estudar, apreciar a arquitetura ou dar uma volta pelo acervo instalado no andar de cima, onde fica o museu. Uma área para crianças oferece sofás e telas interativas – um ajuste a esta era feito no espaço que começou a ganhar forma tal como o vemos no século XVIII.

    Nestes tempos olímpicos, uns desavisados esbarram com o prédio e nem imaginam o que podem encontrar em seu interior. Aí vem uma surpresa depois da outra.

    View this post on Instagram

    A post shared by Bibliothèque nationale France (@labnf)

    Subindo ao segundo andar, é difícil se achar entre milhões de obras que promovem um percurso da Antiguidade aos dias de hoje. Inicialmente construída para alojar o vasto acervo da realeza, que já não tinha onde acomodar tantos volumes e objetos (parte deles surrupiados de inimigos nos campos de batalha), o lugar é uma Disney para pesquisadores da história da arte, do patrimônio e de muitas outras zonas do conhecimento humano.

    Continua após a publicidade

    View this post on Instagram

    A post shared by Bibliothèque nationale France (@labnf)

    PARA ONDE OLHAR?

    Só de gravuras e fotografias, são 15 milhões de obras. A coleção de manuscritos é uma riqueza à parte. Mais de 20 milhões deles foram conservados por lá.

    Os estímulos da bela galeria Mazarin (nome em homenagem ao cardeal que encomendou a mansão e primeiro-ministro após Richelieu, além de tutor do menino que se proclamaria Rei Sol, o Luís XIV) começam pelo teto coberto por pinceladas barrocas inspiradas nas Metamorfoses de Ovídeo. Nas vitrines, avista-se uma página de Em Busca do Tempo Perdido, de Proust, toda riscada e reescrita, deixando entrever as hesitações do escritor.

    Continua após a publicidade

    View this post on Instagram

    A post shared by Bibliothèque nationale France (@labnf)

    Há ainda partituras de Stravinsky, gravuras originais de Rembrandt e Picasso e fotografias de Nadar. Se não estiverem à mostra, é porque saíram por ora de circulação para evitar exposição excessiva à luz. Mas o que não falta é o que ver. Eis mais alguns itens que vale procurar no museu onde a galeria Mazarin desemboca:

    Continua após a publicidade

    Dois lembretes antes de sair. Paris possui outras bibliotecas preciosas, como a Saint-Geneviève, do lado esquerdo do rio, bem em frente ao Panthéon. Uma das primeiras a abrir ao público, também no século XVIII, traz na fachada nomes como de Galileu, Copérnico e Shakespeare, todos muito bem representados nas obras guardadas ali dentro, um dos maiores acervos de Paris.

    Lembrete 2: bem ao lado da Richelieu fica a Galerie Vivienne, com lojas e restaurantes que, lá no século XIX, plantaram, em pequena escala, o que viria a se tornar o shopping center moderno, com tudo à mão no mesmo lugar. Mas ali é diferente: entre o piso de mosaico e a luz abundante, reina o silêncio.

    Feita a pausa, já dá para voltar à maratona – ou seria corrida de 100 metros? – do circuito olímpico que não para.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.