A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) comparou a decisão da juíza Carolina Moura Lebbos, responsável pela execução da pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o período da ditadura militar. “Eu vim visitar o presidente Lula e infelizmente não houve autorização. Isso pra mim é muito estranho. Eu tenho certa experiência, já que fiquei três anos presa, e, mesmo durante a ditadura, havia a possibilidade de você receber parentes e amigos”, disse a petista em frente da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba.
A petista chegou a entrar no prédio da PF, onde ficou alguns minutos. Assim como tem ocorrido com outros petistas e lideranças que tentam visitar Lula, ela voltou até o portão principal da Superintendência, tirou fotos e dirigiu-se até o acampamento dos militantes pró-Lula.
Para Dilma, “a Justiça brasileira quer evitar que o presidente Lula converse com o povo”. Dilma repetiu o discurso petista de que o ex-presidente “é um preso político”. “O objetivo é político, de fechar o golpe com chave de ouro. Por isso foi feito um julgamento que condenou um inocente”, afirmou.
Falando aos militantes pró-Lula que estão acampados perto do prédio da Polícia Federal, a petista pediu que se mantenha a “resistência” para que Lula seja candidato à Presidência nas próximas eleições. “Em outubro e novembro temos como interromper e barrar o golpe. Lula tem autoridade e legitimidade para isso. Ele tem o amor do povo brasileiro”, disse.