As mulheres brilharam no penúltimo dia do The Town, neste sábado, 9, que contou com line-up majoritariamente dedicado ao rock. No fim da tarde, Pitty contagiou a plateia do palco Skyline. O show faz parte da turnê ACNXX, que celebra os 20 anos do álbum Admirável Chip Novo da roqueira, mas a setlist também contou com faixas de outros trabalhos. Especialmente para o festival, Pitty dividiu o palco com a Nova Orquestra, com mulheres em sua formação majoritária.
A força do rock feminino no The Town continuou ao anoitecer com o Garbage. Sete anos após sua última passagem pelo Brasil, o grupo fez um show com várias canções do álbum mais recente. A vocalista Shirley Manson, símbolo feminino dos anos 1990, caprichou no discurso e nos palavrões. Na faixa Godhead, ela apresentou a música dizendo: “Esta letra é o que eu seria se eu tivesse um pênis”, disse.
Mais tarde, foi a vez do trio de indie rock Yeah Yeah Yeahs, que substituiu o Queens of the Stone Age após o cancelamento da banda. Trata-se de mais uma atração com uma mulher à frente: aqui, a vocalista é a americana Karen O. Formado no início dos anos 2000, são donos de hits como Heads Will Roll e Maps. A apresentação também foi dominada por faixas do último trabalho da banda, o disco Cool It Down, lançado em 2022. É a terceira vez deles no Brasil.
Fechando com chave de ouro a sequência potente de roqueiras mulheres, a dupla de indie rock britânica Wet Leg se apresentou pouco antes da atração principal da noite, o Foo Fighters. Formada por Rhian Teasdale e Hester Chambers em 2019, a dupla novata conquistou o Grammy de melhor álbum de música alternativa na última edição da premiação. Suas músicas são marcadas por sarcasmo e referências às experiências femininas de millennials como elas. Ainda que a apresentação tenha sido prestigiada por uma plateia reduzida, as meninas do Wet Leg fizeram muito barulho e se surpreenderam por serem reconhecidas mesmo “tão longe de casa”.