Em turnê pelo Brasil, a banda inglesa Coldplay tem se mostrado uma grande ativista social, além de demonstrar apreço pela cultura local e manter sua preocupação com impacto ambiental. Em um gesto típico do padre Julio Lancellotti, o grupo fez uma parceria com a ONG SP Invisível e levou moradores de rua para assistir a um show deles em São Paulo, com entrega de alimentação. O Coldplay também distribuiu coletes sensoriais que vibram junto com a frequência das músicas para fãs com deficiência auditiva, chamados subpacs, como também fones de ouvido especiais, que amplificam o som para quem tem baixa audição ou abafam para quem tem hipersensibilidade sonora. Um intérprete da língua de sinais também é visto nos palcos da turnê.
Outro ponto importante para a banda é a reciclagem das famosas pulseiras que brilham conforme as músicas e o uso de placas de geração de energia solar na estrutura das apresentações, como formas de impactar menos o meio ambiente.
Vocalista do Coldplay, Chris Martin também se mostra um grande apreciador da cultura brasileira — mais do que antigos ocupantes do cargo de secretário de Cultura do governo Bolsonaro, como Regina Duarte e Mário Frias, que mal visitaram museus durante seus mandatos como secretários da então pasta de Cultura –que voltou a ser Ministério no governo Lula.
Durante sua estadia, Martin já assistiu a um ensaio de bateria no Parque do Ibirapuera; foi a uma roda de samba no Boteco da Dona Tati, da Barra Funda; assistiu a um concerto do pianista italiano Ludovico Einaudi no Vibra São Paulo; e também acompanhou um show em Ipanema, praia do Rio de Janeiro. Sem contar as participações especiais nos próprios shows, como Sandy, Seu Jorge e Rael, colocando artistas locais em evidência em vez de chamar outras estrelas internacionais. Nos próximos dias, a banda passará por Curitiba e fará mais shows no Rio de Janeiro.